quinta-feira, 31 de março de 2011

Dicas para vida mais sustentável


A separação do lixo reciclável em casa e o abandono do uso de sacolas plásticas descartáveis no supermercado são as primeiras, mas não as únicas, medidas de consciência ecológica. Existem muitas iniciativas simples, e de baixo custo, na construção, na decoração e no paisagismo, que contribuem para a preservação do meio ambiente

Texto Marilena Dêgelo (colaborou Julia Benvenuto) Repórter de imagem Nuria Uliana Fotos Marcelo Magnani 
 
Respeito à natureza e ser feliz com o que se tem
Contra o desperdício e o consumo desenfreado, a artista plástica Isabelle Tuchband preserva as peças antigas, herdadas da família e compradas em viagens. “Tenho boas recordações quando olho para elas e isso me faz feliz”, afirma. No jardim de sua casa, a mesa de ferro, dos anos 1950, que sua sogra trouxe de Nova York, está sempre posta para um chá com vasos de flores embaixo da centenária sibipiruna, preservada no terreno. “Esta árvore protege minha casa e dá boas energias”, diz Isabelle. Os assentos das cadeiras de ferro têm almofadas com tecidos naturais, algodão e linho, da Tecelagem Francesa, confeccionadas por Rita Tapeceira. “Restauro e mudo de lugar os móveis, valorizando o que tenho. Ser ecológico é ter esta consciência: fazer o máximo com o que se tem por perto”, afirma ela. Ao fundo, pintura de sua autoria.

1- Há um movimento mundial pelo reuso do que temos em casa ou do que é descartado por empresas ou outras pessoas. Assim, um móvel que não serve mais para os pais pode ser útil na casa do filho. Com um novo olhar sobre os objetos, é possível descobrir outros. Basta uma pintura ou um tecido novo para as peças ganharem destaque na decô.

2 - O improviso é bacana.
As caixas de frutas e legumes, jogadas no lixo de entrepostos e supermercados, podem ser empilhadas e virar uma estante para guardar livros. Há anos na Europa, os paletes de madeira, usados para o transporte de máquinas e eletrodomésticos, são aproveitados na produção de mobiliário e pisos. A ideia já tem vários adeptos no Brasil.

3 - Um freio no consumismo
. Outro movimento que ganha força entre arquitetos e designers é o low-tech, em oposição ao high-tech. Nada de trocar a geladeira ou outro eletro em uso somente porque lançaram um modelo novo. Se não tem um, vale pegar os aparelhos que estão velhos para outras pessoas, mas ainda funcionam. Mas fique de olho: se for muito antigo, pode consumir energia demais. Melhor usar como armário ou bar na sala. Dá um ar vintage ou retrô ao ambiente.

4 - Reaproveite embalagens. Caixas de papelão, latas de chá e de leite em pó e vidros de geleia esvaziados podem ser muito úteis. Para organizar fotos ou peças de roupa pequenas no quarto, use as caixas forradas com tecido ou papel. No escritório, as latas pintadas ou revestidas servem de porta-lápis ou porta-treco. Os vidros viram vasinhos para decorar as mesas nas festas. Até uma lata grande de tinta tem potencial para ser um banco com assento estofado.


5 - Do tempo da vovó.
Nada aquece mais a alma e o corpo do que uma boa manta de patchwork feita com retalhos de tecidos até mesmo aproveitados de roupas em desuso. Além de cobrir o sofá ou a cama, podem ser adaptadas como belas cortinas ou revestir paredes. Vale fazer o mesmo com restos de tapetes. Mesmo de estilos e cores diferentes, rendem um moderno modelo.
Para jogar pingue-pongue ou fazer as refeições


No mundo contemporâneo, os móveis flexíveis ou com dupla função são as melhores alternativas para as casas e os apartamentos com espaços cada vez mais reduzidos. Nesta casa onde moram três amigos no bairro do Pacaembu, em São Paulo, a metade da mesa de pingue-pongue é usada na sala de jantar. Encostada na parede, tem lugar para as quatro cadeiras compradas em lojas de usados. As de madeira revestida de Formica vermelha e com pés palito são dos anos 1950. As giratórias e estofadas com corino azul- -turquesa e friso dourado têm design dos anos 1970. A outra metade fica na cozinha e é colocada junto desta quando dá vontade de jogar ou para receber mais pessoas em torno da mesa. Garrafas e vaso da loja Teo. Quadro com fotos de Felipe Morozini.


6 - Na falta de móveis
herdados de família, recorra a lojas de usados ou entidades beneficentes que recebem doações. Lá dá para comprar peças de época, com design clássico e moderno, a bons preços. Alguns desses locais oferecem o serviço de restauro. Mas também é interessante usar móveis detonados, com a marca do passado e de sua história.

7 - Existe um teste
chamado pegada ecológica no site da WWF (www.wwf.org.br) que determina se a pessoa é consciente pela quantidade de metros quadrados que ela utiliza para morar. Leva em conta que se cada um habitar uma grande casa, não haverá lugar para todos no planeta. “De acordo com essa premissa, um espaço multiuso é uma atitude sustentável”, segundo o arquiteto Gustavo Calazans.

8 - Compre a produção local
. De modo geral, as verduras e as frutas disponíveis nos supermercados viajam longas distâncias até chegar a seu destino final. Imagine a emissão de gás carbônico decorrente dessas longas travessias. Em relação aos produtos importados, prefira os transportados por navio, que causa cinco vezes menos impacto na emissão de poluentes em comparação ao frete rodoviário. Logo, ir à feira é uma atitude sustentável.

9 - Na reforma de apartamentos,
a demolição de paredes para eliminar o excesso de cômodos integra os ambientes. Além da amplitude, isso melhora a circulação de ar, o que deixa o clima mais fresco no verão, e proporciona maior insolação, aquecendo os ambientes no inverno. “Assim não é necessário instalar sistemas de aquecimento ou de ar-condicionado, minimizando o consumo energético”, diz Calazans.

10 - Em grandes cidades,
como São Paulo, os centros têm prédios de apartamentos antigos, incríveis e históricos, abandonados por falta de interesse imobiliário. Para um desenvolvimento urbano sustentável, arquitetos defendem a realização do retrofit nesses edifícios para que voltem a ser habitados em vez de se continuar a construir novos prédios. O princípio do retrofit é restaurar as fachadas e adequar os espaços internos às necessidades atuais, como nova instalação elétrica e hidráulica e acesso à internet.
Bancada de trabalho vira aparador no quarto


Em um canto de seu quarto, o designer de produtos e diretor de arte Ilan Wainstein colocou a bancada de trabalho descartada por um artista plástico. “Está toda manchada de tinta, mas funciona bem aqui”, diz ele sobre o móvel de madeira maciça que mede 1,70 m x 0,75 m x 0,50 m. “Era mais alta. Serrei 20 cm dos pés para ficar na proporção certa”, afirma Ilan. Em cima da bancada, ele expõe os perfumes na bandeja de prata, que herdou da avó. Embaixo, ficam o som e livros. O quadro é uma montagem com a capa de um livro e um porta-retrato antigo. Na parede, IIan pendurou o cabide com camiseta dos anos 1980 comprada em brechó.
Sobras de tapetes orientais resultaram no patchwork, da Século, que cobre tacos. Cadeira de Philippe Starck.


11 - Em reforma,
o reaproveitamento de revestimentos evita a geração de entulhos, que precisam de caçamba para ser removidos, encarecendo a obra. Muitas vezes, esses resíduos são lançados em rios e córregos da cidade, o que causa enchentes. Por isso, o ideal é restaurar os tacos, que costumam ser de madeira nobre. É melhor do que comprar um assoalho, cuja origem pode ser de florestas devastadas ilegalmente. No caso dos azulejos e pisos cerâmicos, em vez de removê-los, aplique em cima um novo acabamento.

12 - Os móveis de madeira maciça
e nobre estão virando artigos de luxo ou de antiquário. A marcenaria caminha para o uso apenas de matéria-prima feita de compostos madeirados, tipo MDF, na fabricação de mobiliário, que será apenas revestido com folhas das madeiras nobres.

13 - Mesmo o tronco de árvore
derrubada por tempestade pode ter melhor aproveitamento do que virar somente a base de uma mesa. “Recortado em pranchas ou ripas, rende muitos móveis, projetados com o dimensionamento mais adequado da madeira”, na opinião dos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucchi, da Marcenaria Baraúna.

14 - Há uma retomada
pelos revestimentos simples, como piso de cimento e de ladrilhos hidráulicos, que são materiais de baixo impacto ambiental. Não consomem energia na produção, porque não são queimados em fornos. “O melhor cimento é o CP III, que emite menos poluentes porque é feito 70% de resíduos de siderúrgicas”, diz a arquiteta Adriana Yazbek. Outras opções sustentáveis são os pisos de bambu e de madeira de origem certificada.

15 - As grandes janelas
ou panos de vidro, fechando os vãos entre os pilares da estrutura das construções, garantem a entrada de grande quantidade de luz natural nos interiores, dispensando acender lâmpadas durante o dia. Para iluminar o centro da casa, a solução está nas claraboias.

16 - Para a iluminação artificial,
existem as lâmpadas de baixo consumo de energia elétrica, como as fluorescentes. Atualmente, há modelos que emitem luz de tom amarelado, mais aconchegante para salas e quartos. Outra opção é a luz de led, que consome dez vezes menos energia do que, por exemplo, as lâmpadas dicroicas.
Cores alegres e materiais menos poluentes


O patchwork de ladrilhos hidráulicos e o acabamento de cimento queimado refletem a preocupação com o uso de produtos sustentáveis na reforma do banheiro de casal, feita pela arquiteta Adriana Yazbek para a prima dela, Ana Paula, e o marido, Marcos Santos Mourão. “Eles pediram que fosse bem colorido. Fui à fábrica Dalle Piagge e escolhi entre as sobras de ladrilhos os mais alegres”, diz a arquiteta, que cobriu a bancada com as peças. “Montei o patchwork no chão da fábrica e comprei apenas os ladrilhos que iria usar para não ter desperdício.” Do mesmo local, são as massas de cimento natural, que reveste as paredes, e colorido de azul para o piso. Na aplicação, usou mão de obra da Delta Plan Engenharia. Toalha da Mundo do Enxoval.


17 - A ventilação cruzada nos ambientes evita o uso de aparelho de ar-condicionado. Para obtê-la, é necessário ter janelas em paredes opostas, de preferência uma em frente à outra. O modelo basculante é útil porque pode ficar aberto mesmo nos dias de chuva.

18 - Nos últimos anos,
a produção de placas de captação de energia solar cresceu 19% no Brasil, segundo a Abrava, Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento. Isso levou à redução do preço
do produto. Na Soletrol, um sistema de aquecimento solar para quatro banhos diários custa
R$ 1.400 e representa economia de 2 mil kW/h no consumo de energia elétrica por ano. Estima-se que haja 250 mil aquecedores solares instalados em lares brasileiros.

19 - Quem mora em casa
pode instalar um sistema de captação de água de chuva por calhas e tubulações para ser armazenada em caixa com tampa ou cisterna enterrada no terreno. Sem tratamento, o líquido é canalizado para as caixas de descargas no banheiro e para as torneiras da área externa usadas na irrigação do jardim. Há kits pré-montados com reservatório – de 100 a 300 litros de capacidade – à venda nas lojas de material de construção.

20 - Cada um pode contribuir
para aumentar as áreas com vegetação na cidade. Na construção ou reforma da casa, o telhado tradicional pode ser substituído pelo teto verde. Empresas especializadas, como a Ecotelhado, fazem a instalação das coberturas com terra, grama, sistemas de irrigação e drenagem em lajes. Além de melhorar o clima na cidade, deixa agradável a temperatura nos ambientes.

21 - Os aparelhos eletrônicos,
como TV e carregadores de celulares, não devem ficar o tempo todo plugados nas tomadas porque consomem energia mesmo quando não estão sendo usados. Para economizar eletricidade, dispense os acessórios de cozinha de pouca utilidade no dia a dia, como facas elétricas e processadores de alimentos.

22 - Não precisa morar
em casa para cultivar plantas. Em apartamento, dá para ter espécies em um painel na parede, como os criados pela paisagista Gica Mesiara, da Quadro Vivo. “Estudos mostram que áreas de 12 m² com plantas já influenciam no microclima: atraem pássaros, diminuem o calor em até 4ºC, melhoram a oxigenação do ar e reduzem a poluição sonora”, diz ela.

23 - Há diversas tecnologias
modernas de adubação e de aplicação de defensivos orgânicos para proteger as plantas, oferecidas por empresas como a EcoJardim. Na irrigação, os equipamentos garantem a utilização racional da água, em benefício da preservação dos recursos naturais do planeta.

24 - As calçadas
devem ser drenantes para que a água de chuva retorne aos mananciais. Para isso, deve-se evitar a aplicação de massa de cimento e de cerâmica entre os canteiros do jardim. O melhor caminho é espalhar pedriscos ou pôr pedras sobre uma base de areia diretamente no solo. Outra opção é colocar dormentes, descartados por estradas de ferro, ou cruzetas de postes antigos de eletricidade.
Humor aplicado em peças do cotidiano renovadas


As instalações, que o fotógrafo e artista plástico Felipe Morozini cria para eventos com peças de lojas de usados, acabam em seu apartamento, no centro de São Paulo. “Dou utilidade a móveis antigos sempre pensando em levar bom humor à decoração”, afirma Morozini, que vende algumas criações na Micasa. “Tenho a questão ecológica como pensamento de vida. Procuro produzir em cima do que existe”, diz. Para um evento de moda, ele pintou a mesa com a estampa pied-de-poule e a máquina de costura com a cor da roupa presa nela. Também customizou o relógio cuco. O cão com flores artificiais é da China. Quadro com cabeças de coração de Yuri Pinheiro.





25 -Escolha os vasos de materiais naturais, como barro, cerâmica e madeira. São mais duráveis e menos ofensivos ao meio ambiente do que os feitos de compostos plásticos.

26 - Prefira espécies nacionais.
As plantas nativas já são adaptadas às condições climáticas do país. Além de exigir menos cuidados, cultivá-las contribui para a preservação da flora brasileira. Algumas sugestões de árvores: jatobá, pitangueira, jabuticabeira, ipê, uvaia e cupuaçu.

27 - Não tem coisa melhor
do que comer hortaliças e legumes da própria horta. A principal vantagem é que os alimentos ficam livres de agrotóxicos. Para ter uma em casa, siga as instruções: as plantas de raízes são cultivadas em vasos ou canteiros de 20 cm de profundidade. Já as folhas, mais a abobrinha e o tomate precisam apenas de 15 cm.

28 - Assim como o lixo
reciclável, os resíduos orgânicos podem ser aproveitados. Com a técnica da compostagem, dá para produzir adubo orgânico em casa para o canteiro de ervas. Separe cascas de frutas e legumes em um recipiente com tampa (não coloque grãos ou restos de comida, que causam mau cheiro e propagam insetos). Por cima, coloque
uma camada fina de serragem. Depois de cheio, deixe apurar por quatro meses, longe de lugares úmidos.

29 - Evite combater as pragas
do jardim com fumo, que não é ecológico.
A agrônoma Marília Lima sugere outra receita caseira: bata no liquidificador 100 g de alho e a mesma quantidade de pimenta-do-reino. Ponha a mistura em garrafa escura com 1 litro de álcool e deixe curtir por
sete dias. Dilua 100 ml a cada 10 litros de água com uma colher de chá de detergente neutro. Pulverize na planta.

30 - Mesmo nas metrópoles,
é possível receber a visita de pássaros. Para atraí-los, basta colocar um comedouro com frutas frescas, alpiste e sementes de girassol na varanda ou no terraço. Árvores como a amoreira ou a flor de hibisco causam o mesmo efeito. Lembre-se também de trocar a água todos os dias e jamais acrescente açúcar ou mel.

31 - Já existem vários materiais
de construção fabricados com lixo reciclado.
O mais conhecido é a telha ondulada da Ecotop. A peça é produzida a partir da moagem e prensagem de tubos de creme dental, que são compostos de alumínio e plástico. São mais duráveis e resistentes do que a de outros materiais, além de reduzirem o volume de detritos lançados em aterros sanitários.

32 - A decoração pode agredir
menos a natureza. Há muitas opções de tecidos naturais, como algodão, linho e seda, para confeccionar cortinas e revestir estofados. Na pintura da casa, podem ser usadas as tintas ecológicas à base de terra, como as da marca Solum, que possui uma cartela de 15 cores. Ou, ainda, vale recorrer à velha e boa pintura com cal.

Fonte:  Revista Casa e Jardim




 

domingo, 27 de março de 2011

Dicas de Compostagem


Dicas - Compostagem

Por Thays Biasetti
Que bom se pudéssemos, além de separar o lixo reciclável, utilizar o material orgânico para nosso próprio proveito? Bom, isso é possível e fácil de se conseguir.
Apesar de existirem há algum tempo, a compostagem tem ganho cada vez mais espaço nas residências. Se antes precisava-se de um espaço grande para podermos realizar o processo em casa, hoje em dia, os equipamentos estão cada vez mais adaptáveis à vida urbana. Basta querer.
A compostagem é o processo aplicado para controlar a decomposição de materiais orgânicos, para se obter um material estável, rico em nutrientes. Existem várias maneiras de ser realizar a compostagem do lixo orgânico, mas o mais comum utilizado em casas e apartamentos é a composteira.
A composteira é um local onde é colocado o material orgânico para que minhocas o decomponham. Na maioria das vezes, ela é feita de um conjunto ou apenas uma caixa, onde ficam minhocas que serão responsáveis pelo processo de decomposição. 
Depois que o material orgânico é decomposto, sobra um material que parece terra e o chorume, que é um líquido resultante do processo. Esses subprodutos são usados como adubo orgânico para colocar em jardins, hortas ou qualquer tipo de planta. 
Se você não tiver jardim, pode até vender para quem se interessar, pois são altamente nutritivos para o solo. E o melhor: a maioria das composteiras modernas já fazem esse processo sem cheiro, graças à espécie de minhoca utilizada. E existem algumas bem pequenas, que você pode usar na sua cozinha ou lavanderia, se não tiver um espaço maior.

fonte: Yoga Journal Brasil

Sagrados Rios


A poluição ameaça os rios sagrados
As águas outrora cristalinas dos rios mais importantes do cristianismo e do hinduísmo viraram apenas uma lembrança. Nas suas margens, cartazes de alerta sanitário avisam: "Dejetos venenosos, graves perigos para a saúde

Ganges, a deusa ferida

Diariamente, mais de um milhão de pessoas vão se banhar nas águas do Rio Ganges em Varanasi, a principal cidade sagrada da Índia. A afluência maciça tem um motivo forte: de acordo com a religião majoritária do país, o hinduísmo, lavar-se no rio significa livrar-se de todos os pecados, passo indispensável para superar o ciclo de mortes e reencarnações. Mas os esgotos e resíduos industriais e agrícolas sem tratamento despejados incessantemente no Ganges podem converter as bênçãos desse banho em pesadelo. Os problemas do rio, liderados pela altíssima poluição, chegaram a tal ponto que o governo indiano resolveu contra-atacar em fevereiro com um superinvestimento: US$ 4 bilhões (25% dos quais bancados pelo Banco Mundial) para que, até 2020, a poluição originária de esgotos domésticos e indústrias não chegue mais ao Ganges.

À primeira vista, a dinheirama parece mais do que suficiente, mas uma imensa dose de cautela é recomendável no caso. Em primeiro lugar, a bacia desse rio de 2.510 quilômetros de extensão abriga cerca de 400 milhões de pessoas, e a atividade econômica da área se intensificou muito nas últimas décadas. Além disso, trata-se de uma divindade - o Ganges, na mitologia hinduísta, é a deusa Ganga, que veio dos céus para limpar as almas e facilitar seu acesso ao além. Portanto, erros na condução do salvamento do rio podem ter um impacto seriíssimo não apenas na saúde da região e de seus habitantes, mas também nesse milenar sistema de crença.
Poluição na Índia não é privilégio do Ganges, deve-se salientar. Segundo uma agência governamental ligada ao tema, apenas 31% do esgoto municipal do país passa por tratamento; o restante é lançado nos rios, lagos, terras e mares, contaminando as águas superficiais e subterrâneas. Mais de 500 mil dos 10,3 milhões de mortes na Índia em 2004 resultaram de doenças propagadas pela água, de acordo com dados sobre a mortalidade global reunidos pela Organização Mundial da Saúde. Mas o caso do Ganges ganha importância especial pela relação religiosa do rio com a população - muitos indianos simplesmente se recusam a aceitar que aquelas águas tragam doenças.
A análise de amostras coletadas no último inverno no Ganges mostrou, contudo, que nem uma deusa consegue resistir à capacidade destrutiva do homem. Para as autoridades sanitárias da Índia, é seguro banhar-se no rio se o índice de coliformes fecais (microrganismos associados a doenças como tifo, cólera e disenteria amebiana) chega, no máximo, a 500 por 100 mililitros de água, mas uma amostra revelou 29 mil coliformes fecais por 100 mililitros. Outra amostra, retirada do Ganges após seu encontro com o afluente Yamuna (carregado de uma espessa massa preta formada por efluentes industriais), exibiu espantosos 10 milhões de bactérias - principalmente a Escherichia coli
por 100 mililitros de água. O técnico de laboratório Gopal Pandey, responsável pelas análises, concluiu, sombrio: "A poluição está em um nível muito, muito perigoso."
Uma viagem pela bacia do Ganges, como as feitas pelos repórteres Joshua Hammer (para a Smithsonian Magazine, em 2007) e Jyoti Thottam (para a Time, em 2010), é reveladora de como visões míopes de progresso misturadas à desinformação podem levar o caos à natureza e aos humanos que dependem dela. Os problemas do rio começam ainda antes de seu início, com o represamento de seu principal formador, o Bhaghirati, para preencher o reservatório do complexo de Tehri, aos pés do Himalaia.

O Ganges em números
 
400 milhões
vivem na bacia do rio, o equivalente a mais do que o dobro da população brasileira.
10 milhões
de bactérias foram encontradas em
100 mililitros
de água após a confluência do Ganges com seu tributário Yamuna.
10 metros
é a profundidade atual do rio em certos trechos nos arredores de Varanasi; antes, ela era
6 vezes maior.

Erguido entre 1978 e 2006, o complexo nasceu para fornecer água destinada à irrigação e ao abastecimento da região metropolitana de Délhi (a cerca de 200 quilômetros dali, na qual fica a capital do país, Nova Délhi) e de municípios vizinhos, além de gerar eletricidade. Trata-se de um dos maiores feitos da engenharia indiana - mas, além de forçar 100 mil habitantes a deixarem suas casas, desorganizou os suprimentos de água subterrânea da região, a ponto de cerca de 100 vilarejos ao redor da represa dependerem de caminhões-pipa para o abastecimento. Afora isso, os anos têm mostrado que a construção de Tehri baixou o fluxo do Ganges, em alguns pontos de forma drástica.
Graças ao reforço oriundo da represa himalaiana, a região metropolitana de Délhi, às margens do Rio Yamuna (o principal afluente do Ganges), com mais de 22 milhões de habitantes, desfrutaria em tese de 250 litros de água diários por morador - um índice comparável ao de países europeus desenvolvidos. Mas 50% desse volume se perde, por vazamentos nas tubulações e furtos. Como as áreas nobres têm fornecimento garantido, resta à periferia ficar com a média de 30 litros por dia - e também depender de caminhões-tanque e estações de bombeamento.

Com um crescimento populacional de 60% desde 1995, Délhi está muito longe de possuir uma rede de esgoto capaz de atender todos os moradores. Como resultado, o esgoto doméstico de cerca de 6 milhões de pessoas chega sem nenhum tratamento ao Yamuna e "mata" o rio: nenhum organismo vivo consegue sobreviver em suas águas ali.
Continuamente sangrado em seu percurso por canais de irrigação, o Ganges tem uma passagem importante por Kanpur, antiga guarnição britânica que havia prosperado com a fabricação de artigos de couro. Depois de décadas de letargia, a cidade reconquistou sua força industrial a partir dos anos 1990 e, tal como Délhi, viu sua população aumentar 60% nesse período, aproximando-se dos 5 milhões de habitantes. Com isso, Kanpur tornou-se outra formidável produtora de problemas para o rio. A maioria dos 400 curtumes locais, por exemplo, despeja seus resíduos tóxicos ali, sem tratamento. A explosão populacional da cidade não foi acompanhada pela devida rede de esgoto, com as consequências inevitáveis. E há uma agravante: o Ganges passa tão debilitado por Kanpur que um terço dos habitantes do município tem de viver com menos de 50 litros de água diários per capita.
Em Allahabad (mais de 1,3 milhão de habitantes), ao receber as águas do Yamuna - cuja poluição, nesse trecho, foi diluída com a ajuda de diversos afluentes -, o Ganges exibe um volume tão baixo que quase desaparece. O reforço de outros tributários lhe dá alguma força, e em Varanasi (mais de 3 milhões de habitantes) ele se apresenta com um fluxo ao menos condigno - embora sua profundidade, em certos trechos, tenha caído de 60 metros para 10 metros. O problema mais grave do rio na cidade sagrada, porém, é o esgoto doméstico: a diferença entre o volume tratado e o não tratado já passa da casa de 189 milhões de litros por dia, uma diferença que chega quase toda ao rio por meio de valas a céu aberto.
O governo indiano já havia tentado outros planos para devolver a saúde ao Ganges, mas todos eles redundaram em fracasso - em geral, as estações de tratamento montadas só deram conta de uma fração do esgoto disponível, isso quando não estavam paralisadas por falta de energia. Desta vez, porém, parece haver uma vontade maior para fazer a iniciativa dar certo, em especial do poder público, habitualmente apático nessas questões. A limpeza do Ganges foi considerada prioridade nacional pelo primeiro-ministro Manmohan Singh e o governo, além de aumentar o repasse de recursos para operar e manter as instalações de tratamento já prontas, passou a financiar outras opções na área ainda inexistentes na Índia. É o caso da proposta do ambientalista Veer Bhadra Mishra, de 72 anos, professor de engenharia hidráulica e principal sacerdote de um importante templo hinduísta de Varanasi. Mishra desenvolveu com uma empresa norte-americana um sistema no qual o esgoto doméstico interceptado no rio é desviado para uma vila perto da cidade sagrada, onde passa por uma série de lagoas nas quais a luz solar, a gravidade, bactérias e microalgas atuam para limpá-lo.
Como sacerdote, Mishra tem mexido com a mente de muitas pessoas para quem o Ganges seria impoluível. Ver suas sugestões postas em prática, depois de vários anos de luta contra as agressões ao rio, é uma vitória e tanto para ele. Mas o trabalho está apenas começando, lembra o professor, com um alerta contundente: "Dizemos que, se o rio não tem água, então ele morre. E, com isso, a história do Ganges acabará."

Só mais um ano para o Jordão
Proibidos os batismos em virtude da poluição", advertem os cartazes colocados pela vigilância sanitária israelense. Quem diria: o Rio Jordão, sagrado para metade da humanidade (somando cristãos, judeus e muçulmanos), tornou-se objeto de interdição balneária, como se fosse uma simples poça de água malcheirosa. Mas é verdade: dois milênios após o batismo de Jesus, aquelas águas puras, antes sombreadas por salgueiros, tamareiras, choupos e caniços, movimentadas em corredeiras, piscinas e cascatas, se tornaram um fluxo venenoso de esgotos e detritos industriais. Em muitos pontos, cartazes advertem: "Banhos a seu risco e perigo."
O decreto foi emitido pelo Ministério da Saúde israelense, que, ao dar as razões do impedimento, citou "graves perigos para a saúde no contato humano com a água altamente poluída". Supõe-se que, na outra margem, que pertence à Jordânia, quem quiser jogar-se às águas poderá fazê-lo, mas terá de tapar a boca e o nariz.




Assim, não mais sacramentos batismais. Os mais de 100 mil peregrinos que, a cada ano, se reúnem nas duas margens do Baixo Jordão para renovar as promessas sacramentais, incrementando ao mesmo tempo em muitos milhões de dólares as finanças de Israel e da Jordânia, estão devidamente avisados. Esse hoje pequeno rio malcheiroso, esverdeado, infestado por algas, de águas quase sempre paradas, não é mais alimentado pela água doce do Lago Tiberíades (também conhecido como Mar da Galileia). É, muito mais, um lamaçal dentro do qual se misturam os restos humanos das populações ribeirinhas, os corrimentos tóxicos de irrigação das terras agrícolas, as descargas dos criadouros de peixes e as águas salobras de variadas procedências. 
Em suma, um rio de excrementos. A tal ponto que os ecologistas que visitam o Jordão, antes de chegarem a ele, usam os banheiros de postos de gasolina mais distantes para "não acrescentar mais água poluída àquelas jogadas no rio pelas comunidades locais".
E dizer que, no passado, o Jordão era chamado de "Porta do Paraíso", a tal ponto sua paisagem era verdejante e amena. Sobretudo, rio sagrado.
A terra que ele corta é três vezes santificada: pela Torá, pelos Evangelhos, pelo Alcorão. Todos os que dele se aproximam passam em meio a exércitos de personagens proféticos do passado. Aqui chegou, entre os primeiros, o profeta Abrão. Aqui Jacó e Esaú se reconciliaram. Josué atravessou essas águas para chegar a Canaã. Elias, ultrapassada a margem, se elevou aos céus num carro de fogo. Eliseu curou ali os leprosos.
E ainda, exatamente nessas águas, João Batista exortou os judeus à piedade diante de Deus, imprecou contra Herodes, obtendo um sucesso tal que levou o tetrarca a cortar-lhe a cabeça. Veio Jesus e, de João Batista, recebeu o "batismo com o fogo". Mais tarde, o profeta Maomé sobrevoou o vale na sua viagem noturna de Meca para Jerusalém.
Em outras palavras, décadas de incúria, 60 anos de guerras com o rio bloqueado por redes militares, as margens semeadas de minas explosivas e, por fim, a corrida para se apoderar das fontes aquíferas regionais desencadearam uma catástrofe ecológica cujas proporções a tornam capaz de desferir um golpe mortal nesse âmago das três grandes religiões de Abrão.

Não por acaso, uma organização não governamental, a Friends of the Earth Middle East (FoEME), dirigida por israelenses, palestinos e jordanianos, e que conta entre seus membros com judeus, cristãos e muçulmanos, apela aos respectivos governos para que socorram o Jordão. "Israel, Síria e Jordânia já desviaram 98% das suas águas", denunciam. E advertem: 

"No decorrer de 2011, o Rio Jordão simplesmente irá desaparecer."


O Jordão em números

340 mil
moradores habitam a bacia do Jordão, cujas terras irrigadas estão entre as mais férteis da região. Desses habitantes,
250 mil
são jordanianos;
60 mil,
palestinos; e
30 mil,
israelenses.
100 mil
pessoas fazem, anualmente, uma peregrinação às margens do rio. 
Entre elas, muitos cristãos, para renovar a promessa batismal.
98% da água do rio bíblico é desviada por quatro povos, 
sobretudo para viabilizar seus projetos de irrigação agrícola. Com isso, apenas
2% do fluxo original atinge a foz. Israel desvia
45,6% dele; a Síria, 24,7%; a Jordânia,
22,8%; e a Autoridade Palestina, 4,9%.

Fonte: revista Planeta/out/10


Mais Verde


Mais verde


 
Faça a sua parte colocando o verde dentro de casa


A falta que a natureza faz para quem mora nas grandes cidades pode ser vista na cara das pessoas. Quem passa muito tempo sem fugir das metrópoles acaba ficando como elas, cinza, sem graça e atordoado.
Além da falta de cor, a ausência de plantinhas ao nosso redor pode causar muitos outros problemas.

Simplicidade
Uma solução simples é plantar uma horta em casa. A herborista Sabrina Jeha explica que as plantas trazem bem-estar e equilíbrio para os ambientes, que ficam mais harmoniosos e bonitos, além de nos reconectar com a natureza, ajudando a entender seus ritmos e necessidades.
Além de ser simples e ocupar pouco espaço, plantar uma horta pode ser um hobby divertido.
As ervas frescas possuem texturas, aromas e cores, além de poderem adicionar ainda mais vitalidade aos pratos da casa. “São plantas vivas que vão direto para a comida ou para o chá”, justifica a herborista, que é proprietária de uma estufa de ervas orgânicas localizada em um dos centros industriais de São Paulo.

Farmácia em casa
A medicina ayurvédica considera as ervas acrescentadas na alimentação diária uma receita médica eficaz para curar muitos problemas. As ervas de sua horta podem ser escolhidas de acordo com sua constituição ou algum distúrbio que queira tratar.
Sabrina cita alguns exemplos de ervas que podem ajudar a melhorar seu dia-a-dia:
- Para uma casa em que os moradores andam muito nervosos e estressados, conseqüentemente com problemas de digestão, as ervas indicadas são as calmantes e digestivas como o capim-limão (Cymbopogom citratus), a melissa (Melissa officinalis), a camomila (Matricaria recutita) e a cidreira brasileira (Lipia Alba).
- Para casas em que falta ânimo, as ervas indicadas são o alecrim (Rosmarinus off), a hortelã (Mentha sp), que é um revitalizante e a segurelha (Satureja hortensis).
- Um bom começo para sua horta pode incluir algumas ervas básicas: manjericão (Ocimum basilicum), alecrim, hortelã, capim-limão, carqueja (Bacchris trimera) — que é uma erva amarga muito boa para restabelecer o bom funcionamento do organismo, trabalhando os sistemas digestivo e circulatório — e o orégano (Origanum vulgaris), uma erva antioxidante muito digestiva e saborosa.

O ideal é que todas essas ervas, assim como a terra e os fertilizantes utilizados no processo, sejam orgânicos. Caso não encontre, mudas das ervas citadas podem ser facilmente encontradas em feiras e mercados.
Além de uma fonte de cura e harmonização, essas pequenas plantinhas podem ser motivo de momentos meditativos.

Passo a passo
Faça sua horta seguindo o passo-a-passo da herborista Sabrina Jeha.
Material: pedra (brita, pedrisco ou argila expandida), areia ou manta de bidim e substrato pronto ou terra preparada: duas partes de terra de jardim, uma parte de adubo orgânico e uma parte de areia de construção. Misture tudo para formar a terra preparada.
Em um vaso ou jardineira com furos (para drenagem da água), coloque uma camada fina de pedra. Por cima das pedras, uma fina camada de areia, suficiente para cobrir as pedras ou manta de bidim. Por último coloque terra suficiente para que, quando colocar as mudas, estas fiquem dois dedos abaixo da borda do vaso.
Retire as mudas dos potes e coloque-as em cima da terra. Complete com o restante da terra para fixar bem o torrão. Procure não abalar os torrões de terra. Caso isso aconteça, a jardineira deve ficar uns dois dias em um local apenas com claridade. Caso contrário, deve ir direto para um local ensolarado.
A primeira rega deve ser abundante até a água drenar.


A falta que o verde faz
A bióloga e professora de Yoga Silvana Cutolo lista os malefícios que a substituição de árvores por cimento pode nos causar:
- aumento da poluição do ar e, conseqüentemente, agravo dos problemas de respiração nos grupos etários de risco, como crianças e idosos;
- aumento da poluição das águas dos mananciais pela falta da mata ciliar no entorno;
- aumento da temperatura do ar, baixa umidade relativa do ar e aumento dos períodos de estiagem;
- alguns cientistas relatam que há um aumento da violência no meio urbano devido à deterioração nos espaços e ao aumento da sujeira pelo acúmulo de resíduos;
- quanto maior a área com vegetação, melhor a qualidade do ar, o microclima e melhor qualidade de vida para todos.


Fontes:
Silvana Cutolo
www.tudovemdanatureza.org.br
Sabrina Jeha
www.sabordefazenda.com.br

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Biodegradável 
São feitos a partir de substâncias orgânicas, como milho, cana e batata. Se descartado, o plástico desaparece na natureza em questão de meses. A degradação ocorre pela ação de micro-organismos. No entanto, na ausência de oxigênio (caso seja enterrado, por exemplo), a decomposição gera gás metano, que contribui para o efeito estufa.

Oxibiodegradável
Um aditivo acelera em até 400 vezes a dissolução do plástico tradicional -com a ação de luz, calor e umidade, reduz o tempo de 100 anos para 3 meses. Em uma segunda fase, micro-organismos terminam o processo e deixam como resíduos apenas dióxido de carbono e água.

Compostável
É um tipo de plástico biodegradável, ou seja, com base vegetal, que se comporta como matéria orgânica comum. É produzido para ser usado no processo de compostagem, para a obtenção de húmus e adubo.

Papel certificado
O selo do Forest Stewardship Council (FSC) assegura que o material da sacola vem de manejo sustentável das florestas. Isso significa preservação, extração responsável de matéria-prima e ajuda no desenvolvimento das comunidades.

Papel reciclado
Existem dois tipos básicos: o pré-consumo, no qual a matéria-prima vem de resíduos de fábricas antes de chegar ao mercado (como as aparas) e o pós-consumo, que usa material descartado (como embalagens longa-vida). O segundo tipo ajuda a retirar lixo da natureza, por meio de coleta seletiva e da ação de cooperativas de catadores.


fonte: revista PEGN